LISBOA ESOTÉRICA PÓS-TERRAMOTO DE 1755
Lisboa esotérica, construída pós-terramoto 1755 pelo conjunto de mentes iluminadas na Geometria e Arquitectura cabalísticas que o Marquês de Pombal reuniu para este seu projecto já chamado Lisboa Pombalina. A cidade foi reconstruída sob o modelo do mundus, assim se estabelecendo a Lisboa quadrada tendo por centro ou omphalo o Rossio, onde está a estátua de D. Pedro IV, imperador da Nova Lusitânia, o Brasil, e que é o ponto de partida de expansão da cidade nas 4 direcções (assinaladas pelas estátuas da Prudência, Temperança, Força e Justiça na base do mesmo padrão monumental de D. Pedro IV que está no topo).
No entanto, Lisboa também foi reconstruída com a intenção velada, já vinda de D. João V, o Rei-Sol que recebeu o titulo de Fidelíssimo pelo seu contributo na fundação do Patriarcado de Lisboa mas que mais tarde lhe foi retirado, de tornar esta cidade o centro axial da Nova Jerusalém Terrestre erguida sobre dois Pólos ou duas Dioceses, uma Ocidental e outra Oriental (esta segunda subordinada à primeira, assim a projectando num Novo Ciclo, o do EX OCCIDENS LUX!), triangulando com a cúspide assinalada no Convento de Mafra, o Templo Lusitano vocacionado ao Tempo do V Império, assim mesmo expressando a Jerusalém Celeste.
Após o terramoto de 1755, a equipa de arquitectos liderada pelo húngaro Carlos Mardel estabeleceu a arquitectura de Lisboa nas linhas arquitectónicas da antiga Roma (que no período cristão tentou igualar-se à antiga Jerusalém), estabelecendo não 12 portas como esta tem e sim 12 bairros, e sacralizada por 7 colinas semelhantes às que Jerusalém apresenta. O Rossio é, pois, o ponto de partida da expansão pombalina e missão parúsica a que a cidade se propõe, com o seu centro ilustrado com a supradita estátua-padrão preenchida pelas 5 estátuas que também são, simbolicamente falando, figurações dos 4+1 Elementos subtis da Natureza [(Terra, Água, Fogo, Ar)+ÉTER]15.
Quando olhamos para as 3 estrelas que se encontram acima das três cabeças (figurativas de Hermes Trimesgisto, o “três vezes Grande”), o resultado é imediato à presença do Hermetismo na cartografia de Lisboa, partindo do cálculo matemático da multiplicação de oito por três resultar vinte e quatro. Na perspectiva imediata, essa soma normal obviamente nada de transcendente indicará ao leitor comum, contudo, indica tudo que constituiu a coluna dorsal da Lisboa Sagrada, justificando o seu Corpus Hermeticum da seguinte forma:
7 Colinas + 12 Bairros + 5 Elementos = 24.
A lenda e o mito desta cidade ganham vida ao expressarem Lisboa como a “Terra da Deusa-Serpente”, Ofiússa, que Ulisses aqui encontrara e se apaixonara quando desembarcou aqui, ficando o povoado com o seu nome para sempre: Olisipo, Ulyssipona, Ulissebona, Lixbona, Lisabona, Lisboa. Também a decomposição de Lisboa em Lis+Boa ou Boa Lis, leva à interpretação esotérica da Flor-de-Lis como símbolo da Boa Lei, da Lei Suprema ou Pensamento Divino como Consciência Universal, plenamente desperta no Iniciado humano como parte integrante da Realeza Divina, pelo que essa flor símbolo da cidade está correlacionada ao significado da própria serpente: Iniciação e Conhecimento, os únicos elementos capazes de concorrer para a verdadeira Iluminação Interior do individuo ou indivíduos, que assim e aqui passam a constituir a expressão fidedigna da Consciência Universal em Lisboa, Capital do Quinto Império16.
A visão micro-macrocósmica de Lisboa-Individuo está estabelecida nisso, e tal como o indivíduo apresenta na sua anatomia 24 vértebras expressas numa forma serpenteada (duas cifoses e duas lordoses), também a própria serpente ou “Deusa-Serpente” Ofiússa (simbólica de Kundalini, a Energia Serpentina provinda do Seio da Terra, do “Laboratório do Espírito Santo” ou Shamballah) é corpo, ou melhor, coluna de Lisboa caracterizada pelo número 24, estabelecendo-se a seguinte correspondência:
8.
Finalmente, tal como o centro ou omphalo onde a cidade se inicia e expande é definido por 5 estátuas, também a coluna vertical humana tem por base as 5 vértebras da zona lombar (L1 a L5), onde se inicia a ascensão da “Serpente” Kundalini ao longo de toda a coluna passando pelas 12 vértebras dorsais (12 bairros) e 7 vértebras cervicais (7 colinas) chegando finalmente ao cérebro, Iluminando-o, conferindo-lhe a Consciência Universal (Flor-de-Lis) que caracteriza a própria Lis Boa (Lisboa). É todo este trabalho que está esotericamente expresso nas Ruas da Baixa Pombalina, nomeadamente as Ruas do Ouro e da Prata tendo entre elas a Rua Augusta, compondo assim o símbolo do caduceu, estabelecendo-se a árvore gnoseológica da Baixa Pombalina da seguinte maneira 17:
Rua Augusta = Andrógina (conduto central, SUSHUMNA, da Energia Vital ou PRANA. Sistema nervoso cérebro-espinhal, neutro ou andrógino). Hierarquia: ASSURAS (Arqueus). Planeta: Mercúrio em Saturno (Terra).
Rua do Ouro = Masculina (conduto lateral direito, PINGALA, da Energia Eléctrica ou FOHAT). Hierarquia: AGNISVATTAS (Arcanjos). Planeta: Sol.
Rua da Prata = Feminina (conduto lateral esquerdo, IDA, da Energia Electromagnética ou KUNDALINI). Hierarquia: BARISHADS (Anjos). Planeta: Lua.
Rua do Crucifixo = Expressa o cordão do sistema nervoso simpático, activo, a ver com a Rua do Ouro, ou seja, o conduto que reveste PINGALA, VAJRINI. Princípio Masculino. Hierarquia: JIVAS (Homens comuns). Planeta: Marte.
Rua da Madalena = Expressa o cordão do sistema nervoso vegetativo, passivo, a ver com a Rua da Prata, ou seja, o conduto que reveste IDA, CHITRINI. Princípio Feminino. Hierarquia: JIVATMÃS (Homens Perfeitos). Planeta: Vénus.
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